Iphan inaugura nova sede na Ribeira

O Iphan inaugura a nova sede do instituto nesta quarta-feira, a partir das 17h, na avenida Duque de Caixas, 158, Ribeira. A instituição deixa a Cidade Alta depois de mais de 20 anos. Instalada na casa que abrigou o Armazém Real da Capitania do Rio Grande e onde também morou o padre João Maria, a sede do Iphan vai funcionar num imóvel que pertenceu ao paraibano Fortunato Aranha, na avenida Duque de Caxias, em frente ao Grande Hotel. A cerimônia de inauguração contará com a presença do presidente do IPHAN, Luiz Fernando de Almeida e do diretor do Departamento de Patrimônio Material (Depam), Andrey Rosenthal Schlee.

Intelectual contemporâneo de Henrique Castriciano, Alberto Maranhão e Tavares de Lyra, Fortunato viveu no Rio Grande do Norte, no início do século passado, e foi proprietário da primeira livraria de Natal, a Cosmopolita, que funcionava nessa mesma casa. A futura sede do Iphan também já abrigou o Instituto do Açúcar e do Álcool e a FAE.

 Na sede atual vai funcionar a Casa do Patrimônio, espécie de anexo do Iphan. A reforma dos dois imóveis está incluída nos projetos contemplados pelo PAC Cidades Históricas, que inclui ainda reformas no museu Café Filho e no anexo do Instituto Histórico e Geográfico do RN.

Obras

As obras no palacete começaram em janeiro deste ano. O imóvel recebeu piso novo além da revisão da cobertura e das instalações elétricas e hidráulicas. As esquadrias danificadas foram substituídas e nova escada foi construída e uma plataforma vertical foi instalada, facilitando o acesso ao prédio. Concebido em estilo eclético, o edifício mantém  suas características originais.

O antigo casarão é elevado sobre um porão alto, que o torna imponente. Ao contrário de muitos prédios na Ribeira, o edifício é recuado dos limites laterais e frontais do terreno, e protegido por grades e portões. Na nova sede os servidores terão melhores condições de desempenho de suas funções e o atendimento aos cidadãos também será mais eficiente.

O IPHAN é responsável pela proteção do patrimônio cultural nacional. No Rio Grande do Norte entre os bens protegidos estão o Centro Histórico de Natal, a Fortaleza dos Reis Magos, a casa de Câmara e Cadeia e a Igreja do Rosário de Acari, cerca de 500 sítios arqueológicos, a Festa de Sant’Ana de Caicó e 30 imagens sacras.