segunda-feira, 30 de julho de 2012

Samba da Maioridade faz festa no Beco

A SAMBA chegou aos 18 anos fazendo barulho e chamando a atenção. Não é para menos. A maioridade é uma marca que merece e deve ser comemorada. E uma coisa que os amigos do Beco da Lama sabem fazer bem é celebrar. Dia 28 de julho, a comunidade do Centro Histórico parou para ver a SAMBA passar. Além de festejar a maioridade da nossa sociedade amigos, quem passou pela rua dr. José Ivo, onde tudo começou há 18 anos, reconheceu um Beco antigo. Um lugar onde a alegria costumava convencer a tristeza a sair pela tangente. 

Quem participou da festa tinha uma expressão cravada na ponta língua: “O Beco voltou”. O espírito da maioria das pessoas era, etilicamente, nostálgico. As divergências desceram na urina. O clima era de festa. A batucada da bateria da escola de samba Balanço do Morro, por volta das 12h30, foi o sinal para o público vir chegando. O cadastramento, uma promessa de campanha da atual diretoria, ia a todo vapor. Mais de 200 pessoas se filiaram durante a festa. Buiú, o mestre de cerimônia, levou o barco na medida certa com a categoria de sempre. A partir daí foi correr para o abraço. 


Marinheiro de primeira viagem no Beco, o grupo Chorões do Asfalto mostrou que não se chora de tristeza no Centro Histórico. O quarteto fez a alegria do Beco por quase duas horas. O poeta Antônio Francisco, vivinho da silva em Mossoró, baixou feito um caboclo preto véio na performance da atriz Eliene Albuquerque. A interpretação de Gota D´água por João do Vale foi um capítulo à parte. Quem não conhecia teve a oportunidade de ver de perto um dos maiores atores deste Rio Grande do Norte em plena atividade. João emocionou o público e se emocionou com o carinho da plateia. Matheus e Natália Rodrigues fizeram do chão do Beco um palco armado para o número de dança aplaudido de pé.   

Na maioridade da SAMBA, as homenagens rendidas ainda foram poucas perto da importância de tantas pessoas na trajetória da entidade. Bosco Lopes, maestro Mainha, Dede, Nasi, Pedro Catombo, Manoelzinho receberam o carinho da SAMBA in memoriam. Já Luciano de Almeida, João Maria Alves, João Hélio (Sebrae), Ivan Júnior (Offset Gráfica), Ceiça Lima,  Pedro Pereira, Carlança, dr. Chiquinho, Zizinho, Eduardo Alexandre, Ubiratan Lemos (Bira) e Augusto Luís (Lula) receberam das mãos do diretor de eventos Severino Ramos e do diretor-executivo da SAMBA, Dorian Lima, o certificado ‘Amigo do Beco’ pelo apoio à entidade.

Após as homenagens, o IPHAN fez uma participação muito positiva na festa. Reabriu um diálogo com a comunidade que parecia interrompido. O historiador Fernando Siviero e a arquiteta Maria Luíza de Lima falaram da importância do tombamento do Centro Histórico como patrimônio cultural do país e deixaram o instituto à disposição da comunidade para tirar dúvidas e conhecer os projetos que vem sendo tocas no Centro. Ao final, ainda distribuíram um material didático sobre o IPHAN. 
E ainda teve mais. O Balalaika Brega Band fez um show antológico no Beco. Tertuliano Ayres e o maestro Franklin Novaes levantaram o público ao som dos bregas mais rasgados da música popular brasileira. Interação total com a plateia. Cabrito só faltou ter a roupa rasgada no palco. Já a cereja do bolo ficou por conta do samba do NÓS DO BECO, que fechou com chave de ouro uma programação que teve música, poesia, teatro, dança, informação e muita cerveja gelada.
    


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